Um ponto de Vista
Yôga é uma filosofia prática, uma
filosofia de vida que visa a auto integração.
No passado remoto da Índia, o Homem
quis se reunir, reintegrar-se, convergir a si mesmo suas forças dispersas :
Estava surgindo o Yôga ( União ) O homem se uniu a outros homens e constitui a
civilização. E todas as vezes que essa civilização lhe parece oprimir, já que é
acima de tudo um subproduto do intelecto, disciplinador do instinto, ele se
volta para suas origens e busca no yôga
o conforto e as respostas a tantas perguntas que nenhuma outra filosofia logrou
satisfazer. Finalmente, unindo-se,
identificando-se com todos, com tudo,
com toda a Criação, Chega-se a unir-se ao criador. Noutras palavras,
conhecendo-se a si mesmo conhece o Todo, penetrando o Microcosmos mergulha no
Macrocosmos.
Aí estão as três etapas da realização
Yôgi : união consigo mesmo, união com os demais Seres, União com o absoluto !
Não se pode precisar a data de surgimento do Yôga
porquanto os mais antigos documentos históricos referem-se a ele como algo já
muito ancestral. Sabe-se que a sua codificação foi por volta do século terceiro
antes de Cristo, mas sabe-se igualmente que quando foi codificado por
Pátanjali, já havia sido escrito há muitos séculos e tais escritos citavam a
transmissão oral desde antes da chegada
dos arianos, portanto há milénios.
Voltando-nos para a mitologia,
encontramos diversas lendas que relatam a origem do Yôga e elas nos fornecem
dados importantes na Cosmogêneses e na Antropogênese Hindu. Porém as lendas são sempre sujeitas a
interpretações, logo passíveis de erro.
Uma das mais antigas lendas relata que
o Yôga surgiu na Terra quando um peixe, Matsya, assistiu ao deus Shiva ( que
corresponde no hinduísmo à nossa intrepertação de cristo, aspecto renovador)
quando este ensina a sua Shakti Parvati, os exercícios de Yôga ( Shakti = Força, por extensão,
esposa) .
O peixe imitou Parvati e, através do
que praticou, transformou-se em Homem ( evolução do peixe ao mamífero Humano).
Observe-se a analogia desta lenda com a alegoria
bíblica de Eva, Shakti através da qual o homem primitivo foi lançado para fora
do seu habitat original (para a terra). Até a serpente se encontra nesse
processo simbólico, sob a forma de
kundaliní, energia sexual.
Outras lendas afirmam que as técnicas do Yôga seriam
originárias de outros orbes.
Os mais radicais defendem que na
Lemúria utilizavam-se certas práticas
inconcebíveis para nós outros, e que visavam proporcionar ao povo lemuriano o
que ele mais necessitava devido à sua carência.
Milénios mais tarde, o continente
Atlante veio a substituir geologicamente
o da Lemúria e aquelas práticas foram herdadas pela raça vermelha que
habitava a Atlântida. Passaram-se muitos outros milénios e a Atlântida
rachou-se ao meio, uma parte submergindo. Seus sábios detentores de toda a
ciência teriam então se retirado com alguma antecedência, indo para a Ásia,
perpetuando , dessa maneira, aqueles ensinamentos da prática citada, que já era
utilizada na Lemúria.
Na India eles foram recebidos com o
nome de Manús e teriam transmitido aos indianos de antanho, o sânscrito e a sua
“ escrita dos deuses ”, o devanagari ( deva= deuses; nagari = escrita ), assim
como sua superior tecnologia psicossomática, a qual foi denominada Yôga.
Da Índia, essas ciências foram para o
Egipto, acolhidas em suas Escolas de Mistérios, fonte na qual bebeu Moisés,
como príncipe egípcio que era, e por seu intermédio passaram essas doutrinas do
Egipto para o povo de Israel onde ganharam nova roupagem : a Cabala. Graças a
Orfeu, que também se iniciou nos mistérios do Egipto, a Grécia conheceu
rudimentos dessas doutrinas, sob cujas adaptações se erigiram suas escolas iniciáticas.
Há sem dúvida uma identificação perfeita
entre a mitologia grega e a hindu, como também no Decálogo de Moisés é bastante
semelhante ao Decálogo Ético do Yôga ( Cinco Yamas e Cinco Niyamas).
Eis aí algumas das origens propostas
para o Yôga. Conquanto não precisemos endossar nenhuma, por outro lado bem
podem ser todas simultaneamente verdadeiras, guardadas as prudentes reservas
que caracterizam o bom – senso.
Calcula-se que há cerca de 3 mil anos
atrás o Yôga uno e original, começou a se dividir e subdividir em dezenas de
especialidades. Sob um aspecto, isto foi
positivo pois passou a oferecer alternativas simplificadas, mais facilmente
aplicáveis a cada temperamento humano ou a cada interesse mais ou menos
imediato...todavia sob outro aspecto, fragmentou sua estrutura antiga que já
era considerada íntegra e perfeita .
Extraído
“Prontuário de Yôga Antigo,” Swásthya
Yôga, Prof DeRose.
O Swásthya Yôga, é tido como o mais
completo, ultra integral. Ele é também Pré clássico, Pré Ariano. Uma
sistematização executada pelo Mestre
DeRose.
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