O grão de arroz
Era um discípulo muito preguiçoso. Poucos preguiçosos
encontram a libertação da sua consciência, porque se assim fosse haveria
incontáveis homens livres. Este deixava todo o trabalho nas mãos do seu mestre,
embora aquele lhe repetisse vezes sem
conta que o discípulo tem de desenvolver o esforço correcto e que ninguém pode
libertar em nome de outrem. Mas o discípulo preferia ouvir os ensinamentos e
esquivar-se de qualquer prática para o desenvolvimento de si mesmo. Enganava-se
qd pensava que receber os ensinamentos seria mais do que suficiente. O tempo
passava e ele não evoluí. Estava cada vez mais longe de alcançar a paz interior. Certo dia dirigiu-se ao mestre
e lamentou-se desta forma:
-
É muito bom mestre, talvez...- ironizou- mas não
estou a avançar garnde coisa com os seus ensinamentos...
- Isso tem bom remédio – disse o mestre,
pacientemente. – Toma este grão de arroz, planta-o em terra fértil e espera que
desponte.
- Então, eu farei o trabalho por ti e libertarei a
tua mente daquilo que a prende
Passou tempo, muito tempo, muitas
estações. O grão de arroz não despontava.
O disciplulo dirigiu-se ao
mestre...escolhi terra fértil, tem chovido...é inexplicável que o grão de arroz
não desponte...
O mestre riu-se e perguntou:
-
Sabes Porquê?
-
Não respondeu o discípulo...
-
Então vou dizer-te: porque o grão estava
cozido...
È preciso assumir 3 fases na nossa realização interior.
Primeira : ouvir
Segunda : assimilar com lucidez
Terceira: colocar em prática e exercita-los na meditação.
Mesmo que se trate dos ensinamentos mais básicos, e mesmo
que sejam transmitidos pelo melhor mentor,
se quem os ouve não os põe em
prática e não se esforça, não haverá a menor evolução interior!